terça-feira, 29 de julho de 2008

Migração de Software Livre nas Universidades UFMG e UFG

UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais
A UFMG adotou um processo de migração parcial executado no campus da Pampulha. Tal campus dispunha de 900 computadores utilizados por 1200 usuários e 5 servidores com Netware 6 e Windows, além do ambiente de rede local conectando os 14 prédios do campus. As estações de trabalho utilizava o sistema operacional Windows e poucos softwares livres, a maioria era licenciados. A metodologia adotada pela UFMG foi basicamente definir um piloto e treinar um grupo de pessoas para implantá-lo. A migração foi feita de forma parcial e para tal, servidores SAMBA foram configurados, permitindo que estações de trabalho Windows se comuniquem com novos servidores GNU/Linux.
Esse projeto piloto foi implantado em algumas unidades acadêmicas da UFMG, visto que a migração era parcial. Nas estações de trabalho, o sistema operacional escolhido para substituir o Windows foi o Conectiva Linux, pelo simples fato de ser em português. O GFTP, um cliente FTP, foi utilizado para transferência de arquivos e como interface gráfica optaram pelo KDE, além de outros pacotes como OpenOffice, Mozilla Firefox, etc. A metodologia adotada pela UFMG foi simples: treinar uma equipe e implantar um projeto piloto em algumas unidades acadêmicas. Os critérios para escolha como, sistema operacional, interface gráfica além dos demais pacotes livres, foram baseados nos conhecimentos da equipe técnica responsável pelo projeto piloto.

UFG – Universidade Federal do Goiás/CAJ
Já existia software livre no campus de Jataí, como o navegador Mozilla e o pacote OpenOffice, no entanto eram softwares livres instalados nos departamentos de computação e laboratórios de informática da instituição. Após a migração, não só os departamentos de computação passaram a utilizá-los mas também outros departamentos. Essa universidade optou
por uma migração gradual e aleatória, migrando por departamentos. No campus de Jataí foi realizado um estudo do ambiente e definido uma equipe responsável por tal migração. Não foram utilizados critérios para escolha das distribuições. A utilização dos pacotes e distribuições foram determinadas pelos discentes e docentes da universidade. Para tal, uma entrevista foi realizada envolvendo todos os docentes e discentes. Contudo, a equipe também fez escolha de acordo com o ambiente, como o uso do SAMBA para interconectar estações Windows com os servidores GNU/Linux, visto que o ambiente iria continuar com software proprietário. Além da opção pelos sistemas gerenciadores de bancos de dados MySQL e Postgres.
A falta de política, relacionada com regras, normas e responsabilidades para realizar o processo de migração foi uma das dificuldades apresentadas durante a implantação, além da ausência de treinamento. A UFG não dispunha de uma equipe técnica treinada para realizar tal migração.
A principal vantagem foi o aproveitamento de hardwares que apresentavam performance inviáveis com uso de software proprietário. A customização de hardwares, a robustez no Kernel
Linux e facilidade de gerenciamento foram características destacadas como vantagem na adoção do Software Livre naquela instituição.

6 comentários:

Gustavo disse...

Pessoal,
o cpd usa algum sistema para controle de versão para os softwares que eles desenvolvem??

Denisson disse...

Gustavo,

o CPD nao usa nenhuma ferramenta de controle de versão.
Bem colocada essa sua pergunta. Seria interessante começar a usar. Esse seria um tópico do cenário ideal.

vlw

anderson disse...

Eu penso que as alternativas proprietárias (SO, office, ferramentas de desenvolvimento) também são muito boas. As Universidades podem fechar parcerias, a Microsoft por exemplo, ganhar descontos e até mesmo investimento em projetos como acontece na UFPE.

Valéria disse...

Com certeza as alternativas proprietárias são boas, principalmente para o cenário atual do CPD, onde são usadas. Porém, como falamos na apresentação, muitas dessas "alternativas" não são licenciadas. Migrar para software livre seria uma possível solução, mas, obviamente, pode-se licenciar todos os proprietários. Achamos a solução livre a melhor, visando o custo/benefício.
Em relação à parceria com a Microsoft, ela se dá apenas para fins acadêmicos. Para uso administrativo, o custo da licença é o mesmo que em outro tipo de instituição.

Denisson disse...

anderson, só para completar o que Valéria falou, nós comentamos com Estela sobre os investimentos em projetos, que são feitos na UFPE pela Microsoft. Mas ela disse que isso é feito lá porque a universidade é grande, e que dificilmente investiria aqui.

anderson disse...

Estela está errada, ou interpretei mal o conceito de “universidade grande”. O que falta na universidade são cursos de mestrado e doutorado, isso sim atrairia as empresas.
A UFCG é uma porcaria. Prédios velhos e sem manutenção, o mato toma conta (eu nunca vi a UFS daquele estado, por exemplo) , a cidade não tem nada (literalmente). Um lixo, sem exageros. Lá tem prédio da HP e Petrobras... sim Petrobras. Coisa de primeiro mundo, eu contei em um prédio 13 lab de hardware. :S. Fora desses prédios a universidade é lamentável. A diferença é a produção dos professores de lá que é invejável.